Nova técnica evita AVCs durante cirurgia cardíaca
O procedimento pioneiro no Paraná foi realizado no Hospital Marcelino Champagnat
Uma nova técnica, que protege cérebro de AVCs em cirurgias de troca da válvula cardíaca, foi lançada no Paraná. O procedimento pioneiro no Estado foi realizado no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, e é indicado para os pacientes com alto risco cirúrgico. O aposentado, José Alberto Schimidt, de 86 anos, com longo histórico de problemas cardíacos, como diabetes, ponte de safena e angioplastia, foi submetido essa nova técnica cirúrgica. A cirurgia aconteceu no final do mês de junho. José revelou que uma semana depois do procedimento já não sentia nenhum incômodo.
O cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, Marcelo Freitas, explica que na técnica tradicional da TAVI (implante transcateter de válvula aórtica) existe o risco de uma placa de arteriosclerose da parede da aorta, que esteja na passagem do sistema evolua para um AVC.
A aterosclerose é o acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias. Esses depósitos dificultam a passagem de sangue dos vasos, o que chega a causar infartos, derrames e até morte. Segundo o médico, a nova técnica, além de ser minimamente invasiva, capturou e removeu detritos embólicos causadores de AVCs em 99% dos casos.
A técnica começou a ser utilizada no Brasil em fevereiro deste ano e a cirurgia realizada no Hospital Marcelino Champagnat foi uma das pioneiras no Paraná. O pós-cirúrgico tem mostrado que a técnica tem sido efetiva e diminuído sensivelmente o risco de AVC.