O número de paranaenses que não consegue pagar as dívidas cresceu 7,72% em um ano. A variação considera o período entre os meses de setembro de 2021 e 2022, e faz parte de levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

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Em um mês, a alta no número de devedores foi de 0,87% na comparação entre setembro e agosto. A taxa ficou acima da média da região Sul (0,66%), mas abaixo da média nacional (0,93%). Conforme a pesquisa, em setembro, os paranaenses deviam, em média, R$ 4.324,08.

Para o administrador financeiro e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Allan Inácio, o aumento de inadimplentes é reflexo da inflação e desemprego que impõem dilemas diários aos brasileiros.

De acordo com o SPC, a faixa etária com maior concentração de negativados (25,36%) é de 30 a 39 anos. Entre os endividados, 49,69% são homens e 50,31% são mulheres. A pesquisa também revelou que o número de dívidas em atraso dos paranaenses aumentou 17,36% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2021.

De agosto para setembro de 2022, o número de dívidas cresceu 1,67%. A maior parte das dívidas é com Bancos – 55,49% do total. Na sequência vem as dívidas com o comércio (18,10%), comunicação (11,17%), outros setores 10,48% e água e luz (4,76%).

O administrador financeiro orienta que apesar de difícil, o melhor caminho é negociar e jamais ignorar uma dívida.

Ainda conforme a pesquisa, os consumidores costumam ficar negativados, em média, por pouco mais de dois anos. Em setembro, quase 44% dos consumidores do Paraná tinham dívidas de até R$ 1 mil.

Reportagem: Leonardo Gomes.