Viagens aéreas foram as que mais cresceram em 2022 em Curitiba. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros no Aeroporto Afonso Pena cresceu 65% em relação ao ano anterior, um total de mais de 4,9 milhões de embarques e desembarques. O número, no entanto, ainda é baixo em relação a 2019, antes da pandemia, e representa dois terços dos passageiros daquele ano, que foram mais de 6,5 milhões. O modal também foi o que teve o maior aumento no preço da passagem, 23,5%. A alta é quatro vezes superior ao valor da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 5,79%.

A Petrobras divulgou na última semana, um reajuste médio de 17,1% no preço do querosene de aviação (QAV) em 15 refinarias do país. O reajuste representa 37,8% a mais em comparação com fevereiro de 2022. Jurema Monteiro, diretora de relações Institucionais da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), explica o impacto dessa nova alta no setor.  

Já o movimento na rodoviária de Curitiba foi 44% maior no ano passado em relação a 2021. Entre janeiro e dezembro, foram quase 4 milhões e 622mil passageiros em embarques ou desembarques no terminal. O preço das passagens rodoviárias também subiu acima da inflação, mas menos, foi um pouco mais que o dobro do IPCA, com aumento de 13,8% em 2022. O aumento menor em relação à aviação impulsionou o setor, na avaliação do administrador da Rodoferroviária de Curitiba, Élcio dos Anjos. 

A principal causa para este encarecimento foi o preço do diesel, que aumentou 22,87% no último ano, segundo o IBGE. O combustível é responsável por 30% dos custos do setor rodoviário. Mesmo assim, a expectativa é voltar ao patamar de 2019 ainda este ano.  

No ano passado, o movimento durante o carnaval foi de 23mil passageiros e este ano é esperado um crescimento nessa movimentação. 

Reportagem Amanda Yargas