OAB pede que corregedoria nacional do MP investigue força tarefa Lava-Jato
A Ordem dos Advogados do Brasil formalizou na última quarta-feira (08) um pedido para que a conduta de procuradores da força tarefa da Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo seja alvo de investigação.
Na representação enviada ao Conselho Nacional do Ministério Público, a OAB aponta uma possível “camuflagem” dos nomes dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em uma das denúncias apresentada pela força tarefa. A citação aos parlamentares teria aparecido sob a forma de codinomes – o que, de acordo com a OAB, pode ter sido feito para evitar que os processos fossem remetidos ao Supremo Tribunal Federal – já que os políticos contam com foro privilegiado.
No pedido encaminhado ao CNMP a OAB também cita outras denúncias – como a que afirma que agentes do FBI atuaram em investigações nacionais e que gravações telefônicas que compõem as investigações teriam sido obtidas de forma ilegal. No mês passado – em resposta a divergências entre procuradores e a coordenadoria da força tarefa na Procuradoria Geral da República, a PGR afirmou que a operação “não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal (MPF), mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internos da instituição”. Procuradores que integram as forças tarefas ainda não se manifestaram sobre a representação da OAB.
Reportagem: Emanuel Pierin