Após receber o aval da Câmara dos Vereadores, a Prefeitura de Curitiba agora terá que recorrer a Brasília para viabilizar um empréstimo de quase US$ 107 milhões (dólares) junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). 

Por se tratar de uma instituição financeira internacional, o Executivo precisa da autorização do Ministério da Economia e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A administração quer levantar os recursos para modernizar a Linha Direta Inter 2 do transporte público coletivo.

O primeiro passo foi concluído ontem (27), com a aprovação dos projetos de leis orçamentárias que autorizam a contratação de dois empréstimos para as obras. Além dos recursos do BID, os vereadores também autorizaram a Prefeitura a buscar mais R$ 15 milhões junto à Caixa Econômica Federal. Os dois projetos foram aprovados por unanimidade.

Os empréstimos, calculados em pelo menos R$ 420 milhões, vão financiar obras estruturais que têm a finalidade de melhorar a estrutura e eficiência da Linha Direta Inter 2. Os recursos serão investidos, por exemplo, na criação de corredores exclusivos para os ônibus e a ampliação das estações-tudo, que deixarão de ser um “tubo”, segundo o projeto do Ippuc.

A Prefeitura quer resgatar a eficiência da linha, que hoje é a que mais transporta passageiros, à exceção daquelas que operam com biarticulados. Mais de 90 mil pessoas usam a Linha Direta Inter 2 todos os dias para circular por 28 bairros. As obras pretendem retomar parte da velocidade média perdida nas últimas duas décadas e meia. Quando a linha foi criada, em 1992, os coletivos circulavam a uma velocidade média de 32 km/h. Com as mudanças do tráfego na capital, a velocidade média atual é de 22 km/h.

Reportagem: Angelo Sfair