O número de incêndios florestais no Paraná dobrou neste ano. Até 18 de novembro, foram 13.247 ocorrências. Segundo o Corpo de Bombeiros, em todo o ano passado foram 6.483 notificações. Quando comparado com 2022, o crescimento no número de incêndios florestais é ainda mais preocupante: o aumento foi de 184%. Somente de maio a outubro deste ano, foram 7.976 notificações. A maior parte registrada no norte paranaense, com 3.389 chamados em 188 municípios. Em seguida, aparece a região Leste, com 2.676 ocorrências, e Oeste e Sudoeste, com 1.911 notificações.

O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, caracteriza o ano de 2024 como incomum.

Nesta quinta-feira (21), o Corpo de Bombeiros encerrou a operação de prevenção e combate a incêndios florestais no Paraná. Os trabalhados, que iniciaram em maio, foram considerados satisfatórios.

Em agosto, o Paraná registou cerca de 20 mil focos de calor. A situação foi causada pela sequência de dias com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. Por conta da estiagem, o governo chegou a decretar situação de emergência.

Conforme o Simepar, os meses de junho, julho e agosto deste ano foram os mais quentes deste 1998. Essa e outras mudanças climáticas preocupam especialistas, já que as temperaturas aumentaram progressivamente em todo o mundo nos últimos vinte anos. O pesquisador do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), José Marengo, alerta que as mudanças climáticas estão ligadas diretamente ao aquecimento global.

As mudanças climáticas podem ser definidas como a mudança dos padrões de temperatura e clima a longo prazo. A queima dos combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, é o principal acelerador do processo.,

Reportagem: Mirian Villa