Uma série de ataques hackers afeta órgãos públicos e empresas privadas em Curitiba. Nos últimos dias, diversos serviços foram interrompidos ou prejudicados pelas ações criminosas. Urbs, Tribunal de Justiça, PUC Paraná e Hospital Marcelino Champagnat estão entre as vítimas. A percepção geral é de que ataques como esses estão se tornando mais frequentes.

O especialista em gestão de riscos e cibersegurança, Jeferson D’Addario, CEO do Grupo DARYUS, disse em entrevista à BandNews FM que os ataques virtuais podem ou não estar relacionados a vantagens financeiras. Essas ações podem ter um efeito imediato, ou preparar um ataque futuro:

Um dos tipos de ação é o ataque de negação de serviços, conhecido pela sigla DDoS. Nesse caso, o sistema interno não é invadido, mas se torna inválido por meio da sobrecarga artificial do servidor. Programas e “robôs” simulam milhões de acessos simultâneos, criando requisições impossíveis de serem processadas.

O atual contexto geopolítico, com a Guerra na Ucrânia, evidencia como os ciberataques ganharam protagonismo nas últimas duas décadas, especialmente nos anos mais recentes. Consultor em gestão de risco, Jeferson D’Addario afirma que é necessário investimento público e privado em Segurança da Informação. Estados e empresas estão cada vez mais sujeitos aos ciberataques, que movimentam anualmente centenas de bilhões de dólares:

Segundo ele, mecanismos criados para defender a informação dos cidadãos são usados por criminosos para chantagear empresas:

A Urbs informou que o site ainda apresenta instabilidades e que as equipes de tecnologia trabalham para restabelecer o site. O serviço de bilhetagem não foi afetado.

O Grupo Marista, responsável pelos sites da PUC Paraná e do Hospital Marcelinho Champagnat, diz que os ambientes foram retirados do ar por segurança, assim que o incidente foi identificado, de forma preventiva. Os atendimentos  e as aulas não foram afetados, exceto as aulas EAD.

Reportagem: Angelo Sfair