Operação desarticula quadrilhas que vendiam anabolizantes não registrados pela Anvisa
Mais de 300 policiais federais cumprem no Paraná e em outros cinco estados 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão. A Operação batizada de Proteína busca desarticular três grandes organizações criminosas investigadas por comercializar irregularmente anabolizantes e outras drogas como medicamentos para emagrecer.
Segundo as investigações, que se iniciaram em julho do no passado no Rio Grande do Sul, existem indícios de falsificação e comercialização de medicamentos adulterados – como hormônios de crescimento – e de aquisição de anabolizantes no mercado interno de forma fraudulenta, que eram desviados para revenda clandestina.
No Paraná, são cumpridos dois mandados de busca e apreensão, em Foz do Iguaçu, no oeste do Estado; um de prisão temporária na mesma cidade e outro também de prisão temporária, mas em Guaíra, ainda no oeste.
De acordo com a polícia, uma parte dos anabolizantes irregulares consumidos no Rio Grande do Sul é fornecida pelas organizações criminosas estabelecidas na cidade de São Paulo. Esses grupos eram responsáveis pela importação irregular de anabolizantes e medicamentos fabricados no Paraguai, Argentina, Índia e em outros países, e pela distribuição em diversos estados brasileiros, sem o devido registro na ANVISA.
A movimentação financeira mensal das organizações criminosas é estimada em dois milhões de reais. Os grupos eram bem estruturados e contavam inclusive com a participação de servidores de órgãos de segurança pública. Policiais federais, civis e militares são investigados na operação.