Operação mira contrabandistas que movimentaram R$ 1,2 bilhão
A PF cumpriu dois mandados de prisão e 56 de busca e apreensão
Uma quadrilha que movimentou mais de R$ 1,2 bilhão em celulares e eletrônicos contrabandeados é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (9). Sediado em Londrina, no norte do Paraná, o grupo é acompanhado pelas autoridades há 18 meses. No período, a Receita Federal estima que os prejuízos aos cofres públicos chegam a R$ 428 milhões. São investigados crimes de descaminho, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
As ações da PF partem de Londrina, no norte do Paraná, e contam com o apoio da Receita Federal. Cerca de 240 policiais federais e 60 servidores da Receita cumprem dois mandados e prisão preventiva e 56 de buscas e apreensões nos estados do Paraná, São Paulo e Ceará.
O delegado da Receita Federal em Londrina, Reginaldo Cezar Cardoso, afirma que dezenas de pequenas apreensões foram realizadas nos últimos meses. Os produtos importados ilegalmente do Paraguai sem o recolhimento de impostos tinham alto valor agregado, como celulares de última geração, notebooks e computadores:
O grupo era especializado na importação de smartphones. Por isso, a operação recebeu o nome “Modo Avião”, uma referência ao comando que interrompe as atividades do celular. A PF afirma que o objetivo dos mandados cumpridos nesta terça-feira (9) é interromper as atividades da organização criminosa.
Segundo o delegado da PF Vinícius Faria Zangirolani, além das prisões e buscas, a Justiça também autorizou o bloqueio de contas bancárias ligadas a pessoas e empresas suspeitas:
Os investigados devem ser indiciados por crimes descaminho, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Somadas, as penas máximas chegam a 22 anos de reclusão. A PF deve fornecer mais detalhes sobre a operação “Modo Avião” ainda nesta terça-feira (9).
Reportagem: Angelo Sfair.