Pacientes de parkinson têm cérebro estimulado com exercícios físicos
Novos estudos mostram que as atividades modificam neuroplasticidade instigando a adaptação e melhora motora
1% da população mundial com idade superior a 65 anos sofre de Parkinson, e no Brasil, estima-se que 200 mil pessoas tenham a doença, segundo a Organização Mundial da Saúde. Um estudo publicado na revista científica The Lancet mostrou que atividades físicas moderadas e de alta intensidade, que podem ser feitas em casa, podem atenuar os sintomas motores destes pacientes. A doença é caracterizada por tremores, rigidez de articulações e lentidão de movimentos.
A neurologista do Hospital INC, Marcella Cordellini, indica quais os efeitos de manter o corpo em movimento que beneficiam portadores de Parkinson.
Um segundo estudo, publicado em fevereiro deste ano, provou que os exercícios aeróbicos modificam conexões cerebrais em circuitos motores e cognitivos, o que sugere um estímulo da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de aprender e se adaptar, como conta a médica.
A doença de Parkinson não tem cura, mas o acompanhamento médico garante uma vida normal ao paciente. Além dos sintomas motores, há também outros efeitos que incluem diminuição do olfato, distúrbios do sono, alteração do ritmo intestinal e depressão. Por isso, a reabilitação destes pacientes é feita por uma equipe multiprofissional, além da neurologista, devem fazer parte do tratamento fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo.
Reportagem: Amanda Yargas.