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Pandemia: quedas e doenças cardiovasculares cresceram entre os idosos

Abramet registrou uma queda de 40% na busca por serviços ambulatoriais e diagnósticos

 Pandemia: quedas e doenças cardiovasculares cresceram entre os idosos

Foto: Reprodução Internet

Quedas dentro de casa e agravamento de doenças do coração por falta de exames de rotina. Estes podem estar entre os principais impactos da Covid-19 na saúde de pessoas acima de 60 anos de idade, que até hoje sentem as consequências da pandemia.

No Hospital Universitário Cajuru, em 2020, primeiro ano de Covid-19 no Brasil, cerca de 1,3 mil pessoas com mais de 60 anos foram atendidas no Pronto Socorro devido a acidentes que aconteceram dentro de casa. Este ano foram 269 casos entre janeiro e agosto. Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que 75% dos atendimentos por quedas são de acidentes que aconteceram em casa. E 34% das quedas resultam em algum tipo de fratura.

Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que cerca de um terço dos atendimentos hospitalares por traumas e lesões são de pacientes nesta faixa etária. Mas as quedas não são a única preocupação. Durante a pandemia muitos idosos, devido ao isolamento, também deixaram de fazer exames de rotina e acompanhamentos médicos importantes. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramet) registrou uma queda de 40% na busca por serviços ambulatoriais e diagnósticos. E essa negligência representou o agravamento de algumas doenças, como as cardiovasculares.

Coordenador do Pronto Socorro do Hospital Cajuru, o cardiologista Romulo Torres, explica que a falta de avaliações periódicas prejudica o tratamento e pode representar um agravamento do quadro de saúde.

Levantamentos mostram que doenças cardiovasculares, problemas do coração e de circulação provocam a morte de mais de mil pessoas por dia no país.

O cardiologista explica que a população com 60 anos ou mais preocupa porque é a mais suscetível a complicações. Segundo ele, a hemodinâmica tem garantido maior assertividade e segurança no tratamento.

Segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), 36 milhões de brasileiros têm pressão alta. A hipertensão atinge 60% da população idosa.

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vanessa.fontanella