A paralisação de trabalhadores, estudantes e sindicalistas contra a reforma da previdência teve impactos no trânsito de Curitiba pela manhã. Muitos ouvintes e moradores relataram engarrafamentos, linhas de ônibus que não funcionaram e coletivos lotados.

No Contorno Sul, um ônibus foi usado por manifestantes para bloquear a esquina da marginal Juscelino Kubitschek com a rua Eduardo Sprada, o que causou congestionamentos em toda a região. A rua foi liberada pouco antes das 9h da manhã, mas ficou quase uma hora e meia interditada. Manifestantes também interditaram totalmente por cerca de uma hora a Rodovia do Xisto, próximo à refinaria da Petrobras, no sentido Araucária, assim como o Contorno Sul.

O técnico em vendas Alexander Bérgamo disse à reportagem que, por causa do movimento, não estava conseguindo sair do Capão Raso.

O curitibano Alan Batista saiu de casa mais cedo hoje pela manhã, se adiantando à greve, mas nem assim conseguiu chegar no trabalho a tempo. O atraso no trajeto entre o Pinheirinho e o Campo Comprido foi de uma hora.

Alan diz que a avenida Arthur Bernardes estava completamente engarrafada, e que alguns usuários do ônibus chegaram a bater boca por causa da lotação do veículo.

Pelo menos cinco empresas tiveram a saída dos coletivos impedida por sindicalistas e manifestantes hoje pela manhã. Motoristas e cobradores não aderiram à paralisação, seguindo a decisão do sindicato da categoria. Mas os manifestantes que bloqueavam as garagens criticavam a decisão, e diziam estar agindo em favor dos trabalhadores.

No final da manhã, as garagens já estavam liberadas, e 95% da frota estava em circulação. Ainda assim, havia atrasos.

Reportagem: Estelita Carazzai/Ana Flavia Silva