Paraná está com baixo índice de adesão à multivacinação
Algumas patologias, já erradicadas, podem voltar a circular por causa da queda na cobertura vacinal
Os baixos índices de adesão à vacinação contra doenças como hepatite, tuberculose, sarampo e poliomielite, têm preocupado a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Algumas patologias, já erradicadas e eliminadas, podem voltar a circular por causa da constante queda na cobertura vacinal. O Paraná registrou uma diminuição no índice de vacinação geral, sobretudo em crianças e adolescentes nos últimos 2 anos. A redução é resultado de uma tendência que atinge o Brasil desde 2015, mas que se acentuou com o início da pandemia da covid-19, em 2020. Por isso, a Sesa faz um alerta aos pais e responsáveis sobre a importância em manter a carteirinha de vacinação em dia. Pelo menos 10 vacinas administradas em crianças e adolescentes sofreram redução, entre elas a vacina BCG, que confere proteção contra a tuberculose e a vacina contra a poliomielite, que previne a paralisia infantil. O secretário de Estado da Saúde do Paraná, César Neves, alerta que a erradicação de algumas doenças trouxe a falsa ideia do desaparecimento total, como o sarampo, que em 2018 voltou a circular no Brasil.
A vacinação contempla crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Do nascimento até os 15 meses, são ofertadas 13 vacinas, sendo primeiras doses e dose de reforço. Aos 4 anos, a criança deve ser imunizada com o segundo reforço da tríplice bacteriana e poliomielite, além das vacinas contra a varicela e a febre amarela. Dos 9 aos 19 são mais seis vacinas. Adultos e idosos também devem atualizar a caderneta, pois muitas delas precisam de reforço nessa faixa etária. Às gestantes são disponibilizadas doses para prevenir doenças como hepatite, tétano, difteria e o vírus da gripe H1N1.
Reportagem Fernanda Scholze