Pelo menos 250 mil pessoas passam fome no Paraná, aponta IBGE

 Pelo menos 250 mil pessoas passam fome no Paraná, aponta IBGE

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

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Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Cerca de 250 mil pessoas passam fome no Paraná e outras quase duas milhões e seiscentas mil não têm as principais refeições diárias garantidas. Os números equivalem a cerca de 22,5% da população paranaense e fazem parte da “Análise da Segurança Alimentar no Brasil” divulgada ontem (18) pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta, ainda, que apesar de haver milhares de pessoas em condições extremas, o Paraná é o segundo estado com a melhor situação de segurança alimentar do Brasil. Os números apontam que 77,5% das famílias que vivem no estado possuem garantias para se alimentar. Santa Catarina alcançou o maior índice de segurança alimentar, com 86,5%.

Para a professora do Departamento de Nutrição e representante da Universidade Federal do Paraná no Conselho Municipal de Segurança Alimentar, Silvia Rigon, o cenário do acesso à alimentação é preocupante e precisa ser combatido pela sociedade e pelo poder público.

Ao comparar os dados da pesquisa anterior, em 2013, o Paraná registrou maior aumento na faixa de insegurança alimentar leve, de 11,7% para 17,6%. As faixas de insegurança alimentar moderada e grave, por sua vez, cresceram 0,2 pontos porcentuais, chegando a 2,7% e 2,2% do total de domicílios, respectivamente.

De acordo com o doutor em Desenvolvimento Econômico e professor de Economia na Universidade Positivo, Walcir Soares Júnior, as projeções indicam que para os próximos anos devem haver novos aumentos de insegurança alimentar. Ele indica que as desigualdades presentes no dia a dia são as principais impulsionadoras do frágil acesso a alimentação.

No Brasil, conforme a pesquisa, em cinco anos, o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica aumentou em cerca de 3 milhões. Ao todo são cerca de 10,3 milhões pessoas nessa situação. Segundo o gerente de Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, André Martins, as regiões Norte e Nordeste continuam sendo os locais com as piores condições de segurança alimentar.

Em 2013, 3,2% dos domicílios brasileiros estavam em situação grave de fome. Já entre 2017 e 2018, o percentual já havia subido para 4,6%. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) considerou entrevistas feitas com as famílias entre junho de 2017 e junho de 2018.

Reportagem: Leonardo Gomes

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