Pesquisa mostra o perfil das empresas familiares do Brasil
43% das empresas familiares do Brasil estão na segunda geração de profissionais envolvidos no negócio. A sucessão de cargos é uma das preocupações dos empresários: 48% deles acreditam que a próxima geração não está preparada para assumir os empreendimentos dos pais. Os dados fazem parte da pesquisa “Retratos de Família”, divulgada hoje (quinta, 09) pela Fundação Dom Cabral no Paraná.
O Estado é o terceiro maior no número de respondentes do levantamento, que está na 3ª edição e ouviu mais de 200 famílias empresárias de todo o país. A pesquisa, feita em parceria com a KPMG, mostra uma perspectiva positiva para os negócios familiares. É o que explica o diretor executivo da JValério Gestão & Desenvolvimento, associada da Fundação Dom Cabral no Paraná, Clodoaldo Oliveira.
Em relação às expectativas econômicas, 70% se declararam confiantes para o crescimento da empresa nos próximos três anos, mas 60% têm o cenário político e econômico como principal preocupação. Entre os participantes da pesquisa, 65% são membros da família proprietária da empresa. 85% consideram a harmonia e a comunicação entre as gerações um fator importante para o sucesso da empresa. Uma das preocupações do setor é com relação à sucessão dos cargos de chefia.
É o caso da família de Andrei Matzenbacher, Ceo do Grupo Jardim da Saudade. A empresa foi criada pelo avô dele, 50 anos atrás. O pai entrou para a administração do negócio dividindo as funções com o fundador. E ele construiu a própria carreira no grupo, até chegar ao cargo atual.
Andrei conta que uma das dificuldades das empresas familiares é separar as relações afetivas e de trabalho. O tema é trabalhado própria Fundação Dom Cabral no programa para o Desenvolvimento de Acionistas e da Família Empresária – PDA. O projeto auxilia os empresários na criação de um ambiente profissionalizado e busca garantir a preservação do patrimônio das empresas familiares.
Reportagem Ana Flavia Silva