Mais de 30 pinguins de diferentes espécies foram encontrados no litoral do Paraná neste mês. Quinze deles estão passando por atendimento médico no Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal Paraná (UFPR), o restante dos animais já foi localizado morto nas praias do estado.

A bióloga Jéssica Jasinski, do Setor de Fauna do Instituto Água e Terra (IAT), que trabalha em parceria com a UFPR no resgate e cuidado dos animais, conta que nesta época do ano é comum encontrar essas aves no litoral e boa parte delas chegam debilitadas, possivelmente por serem jovens e não se alimentarem adequadamente durante a migração.

A espécie que mais aparece na costa paranaense é a Pinguim-de-Magalhães, que se desloca pelas correntes marítimas em busca de alimento, desde as colônias reprodutivas onde vivem, no centro-sul da Argentina. Quando os animais por acidente acabam se perdendo no litoral do Paraná é preciso ser feito o resgate para preservar a vida dos pinguins.

A bióloga reforça que ao encontrar as aves é preciso cuidado e sempre procurar o atendimento correto de órgãos competentes.

Para os que são atendidos no Centro de Estudos do Mar da UFPR, o tempo de cuidado varia de dois a 90 dias, dependendo das condições de saúde. Depois de recuperadas, as aves são marcadas e devolvidas ao habitat natural, com licenças do Instituto Água e Terra e do Ibama.

A equipe de resgates do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos da UFPR, atua das 7h às 18h e atende pelos telefones 0800 642 33 41 ou (41) 992138746. Também é possível acionar as Secretarias Municipais do Meio Ambiente e o Corpo de Bombeiros, que participam da rede de colaboração ao atendimento.

Reportagem: Leonardo Gomes