PM que matou ex não deixou socorristas se aproximarem
Ocorrência foi no bairro Rebouças. Polícia Militar deve se manifestar nesta quarta-feira
A Polícia Militar deve se manifestar ainda nesta manhã (quarta, 14) a respeito da ocorrência policial envolvendo um PM e a ex-companheira, ontem (terça, 13) à tarde, no bairro Rebouças, em Curitiba. Foi na Rua Francisco Nunes. Câmeras de segurança registraram o momento em que o soldado Dyegho Henrique Almeida da Silva desce da moto e atira contra o carro onde estava Franciele Cordeiro. Ela ainda tenta fugir, ao dar a ré com o carro, mas, não consegue escapar. Uma criança, de 11 anos – filha da vítima, também estava no veículo e conseguiu correr. Em seguida, o homem se aproxima, com a pistola na mão e, minutos depois, é abordado por uma equipe policial, que ordena que ele solte a arma.
A ordem não é obedecida e uma negociação se inicia. A ocorrência, que começou perto das 17 horas, se estendeu até as 21h15, após o atirador informar aos socorristas que a mulher havia morrido. Na sequência, ele se matou com um tiro. Em nenhum momento os policiais ou socorristas do Siate puderam se aproximar. As ruas nas imediações foram fechadas, o que provocou congestionamento em toda a região. A ocorrência mobilizou dezenas de policiais.
Durante a ocorrência, o soldado Dyegho chegou a gravar um vídeo, no qual se dizia vítima de um relacionamento abusivo.
O soldado trabalhava na Central de Operações Policiais Militares (Copom). Em nota, a corporação manifesta solidariedade com os familiares das vítimas e lamenta o acontecido. A PM diz ainda que todos os procedimentos de segurança foram adotados pelas equipes policiais desde a primeira intervenção e as tratativas aconteceram de forma incessante. Uma coletiva de imprensa está marcada para as 11 horas, onde devem ser esclarecidos os primeiros passos da investigação e a motivação do crime.