Polícia acredita que morte de menino dentro de carro em Antonina foi uma fatalidade
Foi sepultado nessa quinta (28) o corpo do menino de um ano e 10 meses que morreu após ficar trancado dentro de um carro em Antonina, no litoral do Paraná. Danilo Camargo Ramos Adriano foi encontrado ainda com vida e encaminhado ao hospital da cidade, mas morreu pouco tempo depois de ser retirado do automóvel, que pertence a um vizinho.
De acordo com a Polícia Civil, o veículo é igual ao do pai da criança, o que leva a crer que o garoto pode ter se confundido. Ele estava no banco traseiro e não teria sido localizado mais rapidamente por causa da película nos vidros, que é muito escura.
O responsável pelo caso é o delegado Carlos Alberto da Costa Mendes, que conversou com a BandNews, mas não quis gravar entrevista. Ele explicou que o óbito foi resultado de uma fatalidade, já que os passos do menino foram reconstituídos e a perícia não encontrou sinais de abuso nem de violência no corpo do menino. O sumiço da criança foi percebido no início da tarde da última terça, dia 27.
A Polícia Militar foi acionada pela família, que não encontrava o garoto em casa. O imóvel fica próximo a vários córregos e áreas de mata, e a equipe inicialmente se dividiu para procurar nesses locais. Somente quando o vizinho, proprietário do carro, percebeu a movimentação e decidiu ajudar nas buscas é que o menino foi localizado.
Conforme as investigações, Danilo ganhou suco e bolacha de uma vizinha e entrou no carro, provavelmente sozinho, porque gostava muito de automóveis. Com defeito, a porta do veículo não tranca, mas por alguma razão o garoto não conseguiu sair e ficou preso sob o sol forte.
Segundo dados do Instituto Simepar, a temperatura chegou a 33 graus em Antonina no dia do incidente, com sensação térmica de aproximadamente 40 graus. E, além disso, todas as janelas do carro estavam fechadas.
O inquérito deve ser encerrado em breve e os pais do menino podem ser responsabilizados pela morte dele. Nesse caso, eles seriam indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.