Polícia Militar admite que homens em vídeo atirando contra Vila Corbélia, na CIC, pertencem à corporação

 Polícia Militar admite que homens em vídeo atirando contra Vila Corbélia, na CIC, pertencem à corporação

Foto: Divulgação/Polícia Militar

A Polícia Militar identificou os dois policiais que aparecem em um vídeo atirando contra a Vila Corbélia, na Cidade Industrial de Curitiba. As imagens teriam sido gravadas horas antes do início do incêndio que destruiu parte da comunidade na última sexta-feira (8). Os moradores acusam a PM de represália após a morte de um soldado durante atendimento a uma ocorrência na região. No vídeo, dois homens utilizando coletes à prova de bala da PM descem de um carro branco e atiram à esmo, sem um alvo definido, em direção às casas da comunidade.

Em nota, a PM afirma que “é a maior interessada no esclarecimento e está levantando todas as informações para apurar os fatos” e que “está colaborando com a Polícia Civil e com o Ministério Público para a elucidação do caso”. Ontem à tarde (11), representantes do Ministério Público do Paraná e da Polícia Militar se reuniram para tratar das investigações sobre o caso.

Segundo o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP, Leonir Batisti, a investigação deve apurar todos os fatos ocorridos na região, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado.

Na manhã de sábado (11), representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil afirmaram, em coletiva de imprensa, que o incêndio na vila teria sido causado por pessoas do crime organizado, em represália à comunidade por ter auxiliado na investigação sobre a morte do soldado. Eles reforçaram que não houve envolvimento de policiais na ação. Batisti, no entanto, destaca que nenhuma possibilidade está descartada.

O caso começou com a morte do policial Erick Nório, do 23º Batalhão, que foi atingido por tiros ao chegar na comunidade para atender uma ocorrência de perturbação de sossego, na madrugada de sexta-feira. À noite, um incêndio destruiu parte da comunidade. Um balanço parcial da Fundação de Ação Social de Curitiba informa que pelo menos 134 pessoas atingidas pelo incêndio passaram pela entidade em busca de ajuda. Houve ainda dois assassinatos na comunidade, na mesma noite.

Na última segunda-feira, um suspeito de ter atirado contra o policial foi preso. Antônio Francisco dos Prazeres Ferreira, de 33 anos, foi encontrado no bairro Boqueirão, por meio de denúncias anônimas feitas ao 190.

Reportagem: Ana Flavia Silva

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