Esportes

Policiais paranaenses que trabalham nas Olimpíadas denunciam condições precárias

Os cerca de 250 policiais paranaenses incorporados à Força Nacional de Segurança para ajudar no esquema de segurança durante as Olimpíadas têm tirado do próprio bolso o dinheiro para ter condições mínimas de permanência no Rio de Janeiro.

Eles chegaram à capital fluminense no fim de junho e, em vez do alojamento, foram alocados em um conjunto habitacional da Caixa Econômica Federal. Sem mobília, nem colchões, nem lâmpadas, nem chuveiro, os agentes foram obrigados a fazer uma “vaquinha” para providenciar o necessário, e pior: muitos ainda não receberam as diárias prometidas.

Eles passaram por um rigoroso teste de seleção e sonhavam com uma temporada menos penosa na “cidade maravilhosa”. Mas, até agora, só dificuldades. Quem conta é um desses paranaenses, que conversou com a BandNews e prefere não ser identificado.

Além do atraso nas diárias, fixadas em R$ 224 cada, outra reclamação é sobre os valores repassados. É que a promessa teria sido a de que, sendo um evento do porte dos Jogos Olímpicos, esses pagamentos seriam dobrados. Mas isso também não aconteceu.

O policial ouvido pela BandNews também afirma que a informação é a de que, até esta sexta-feira (15), as diárias terão sido regularizadas para todos os agentes. Ele revela ainda que as equipes viveram dias difíceis com escalas de trabalho muito longas e desumanas. Alguns chegaram a trabalhar 16 horas sem descanso.

A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar as Olimpíadas sete anos atrás, em 2009. E nem com todo esse tempo foi possível alocar os policiais civis, militares e rodoviários e bombeiros – que são a elite de cada Estado – em uma região menos insegura. O conjunto habitacional onde eles estão alojados fica entre a Comunidade Gardênia, que seria comandada por milícias, e a Cidade de Deus, dominada pelo tráfico.

Para os agentes permanecerem no local, um acordo teria sido firmado segundo o qual os policiais só poderiam entrar desarmados nas comunidades. Há também relatos de que traficantes promovem blitze para monitorar quem circula pela região. Insatisfeitos, vários desses agentes se manifestaram nesta semana. Eles prometiam abandonar os Jogos Olímpicos caso os problemas não fossem resolvidos.

Na última quarta-feira (13), o secretário nacional de Segurança Pública, Celso Periolli, se reuniu em Brasília com representantes da Anaspra, a Associação Nacional de Praças, e prometeu providências para minimizar os problemas relatados. Ele também disse que o atraso nas diárias se deu por um problema burocrático, mas que, até esta quinta-feira à noite, todos terão recebido.

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