Policial investigado por pedir propina é denunciado pelo MP
Ele foi afastado das funções a pedido do MP-PR
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou um policial civil suspeito de pedir dinheiro para não autuar um caminhoneiro por suposto crime ambiental, em Curitiba. Cássio Laercio de Almeida da Silva foi denunciado por concussão – usar cargo público para obter vantagem, e ainda por adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
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O suspeito é investigador na Delegacia da Mulher e do Adolescente de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi afastado das funções a pedido do MP-PR. A defesa do policial afirma que provará a inocência ao longo do processo. Conforme a denúncia, na situação ele se passou por policial civil. Além de Cássio, Rafael Correa Santos também foi denunciado.
A promotora de Justiça, Ana Vanessa Fernandes Bezerra, detalha o caso.
Cássio foi preso em flagrante por extorsão no fim de setembro, após uma denúncia de um motorista de um caminhão que afirmou ter sido abordado próximo a um aterro sanitário pelo agente e por Rafael Correa Santos, que se passava por policial civil.
Na ocasião, segundo a denúncia, o policial acusou o motorista de descarte ilegal de materiais no aterro sanitário e exigiu R$ 1,5 mil para não multá-lo por crime ambiental, nem apreender o veículo. A vítima afirmou à polícia que combinou de realizar o pagamento ao policial no mesmo dia em um posto de combustível, mas, os planos foram cancelados após constatarem a presença de viaturas no local.
Por meio de mensagens enviadas em um aplicativo de celular, o policial combinou de buscar o dinheiro no dia seguinte, no trabalho do motorista. Porém o caminhoneiro procurou a delegacia e registrou a denúncia. Após a ação, uma equipe policial montou uma operação para prender o suspeito no local combinado para fazer o pagamento.
De acordo com a Polícia Civil, o policial investigado percebeu a presença dos outros policiais, tentou fugir, mas acabou preso. A polícia informou também que o veículo usado pelos suspeitos possuía sinais de adulteração na placa. Conforme a avaliação da corregedoria da Polícia Civil, a ação mostrou que “o policial, contratado para investigar crimes, no fim das contas, acabaria se tornando um gestor da criminalidade”.
Reportagem: redação.