Prefeitura apresenta projeto que pode reduzir atividade de cobradores no transporte coletivo
A implantação da bilhetagem eletrônica em todos os pontos de acesso ao transporte coletivo de Curitiba não deve acabar com a função de cobrador. A afirmação é da Prefeitura, que enviou um projeto à Câmara Municipal para alterar a lei de instalação de equipamentos desse tipo de sistema.
Na prática, essa norma regulamenta a bilhetagem eletrônica na cidade, que já substituiu a cobrança em dinheiro nas linhas que operam com microônibus. Segundo o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, alguns profissionais serão realocados para outros setores das empresas em que trabalham.
Ainda segundo o presidente, a modernização vai ajudar a diminuir o número de assaltos.
Por enquanto, não há previsão de quando o projeto vai ser votado em plenário, na Câmara Municipal. Em nota, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc) afirma que considera a medida absurda e que tem grave impacto social.
De acordo com o sindicato seriam 6 mil cobradores que perderiam a função. Ainda de acordo com o comunicado, um levantamento feito pelo Dieese mostra que a medida retiraria R$ 17 milhões mensais das mãos 6 mil famílias. No ano, seriam R$ 212 milhões que deixariam de ser injetados na economia da cidade.
Reportagem: Lorena Pelanda