A prefeitura deve registrar novo boletim de ocorrência na Polícia Civil caso funcionários voltem a deixar de cumprir com a escala de trabalho no Hospital do Idoso, em Curitiba – hoje ou nos próximos dias. Ontem (11), a Secretaria da Saúde prestou queixa contra 31 auxiliares de enfermagem e enfermeiros que teriam abandonado os postos de trabalho. Isso porque a categoria está em greve desde o começo da semana.

Dos trinta e cinco funcionários esperados para o turno da noite nesta terça, no hospital, apenas quatro compareceram para o plantão. Assim, sete cirurgias foram canceladas. O sindicato da categoria exige 10% de aumento real, auxílio-alimentação de R$ 630 mensais e incluído no 13º salário, além da isonomia na jornada de trabalho de 30 horas semanais.

A diretora da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes), Adriana Kraft, alega que as reivindicações não podem ser atendidas.

Além disso, os trabalhadores em greve não querem que os dias de paralisação sejam descontados da folha de pagamento.

Houve, também, o pedido de abertura de processo administrativo contra os funcionários que teriam abandonado os postos de trabalho – o município avalia que a iniciativa pôs em risco a saúde dos pacientes. A Procuradoria Geral também alega que houve descumprimento da medida judicial que garantia o atendimento mínimo no Hospital do Idoso.

Na segunda-feira (10), primeiro dia de paralisação, o número de funcionários que aderiram à greve foi menor, o que não causou prejuízo ao atendimento. A prefeitura considera a mobilização abusiva, pois já teria feito um acordo com os funcionários, que já teriam recebido aumento. Além de trabalhadores do Hospital do Idoso, participam da mobilização integrantes dos quadros dos CAPS, UPAs e Maternidade Bairro Novo.