Presas têm “visitas virtuais” de familiares, por vídeo conferência
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) começou a testar um formato de “visitas virtuais” aos detentos. O projeto piloto promove conversas entre presos e familiares por chamadas de vídeo, que duram cerca de meia hora e são monitoradas por agentes penitenciários.
A Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba é a primeira a colocar em prática a iniciativa que aproxima os condenados das famílias que moram longe e não conseguem visita-los.
Segundo o secretário especial da administração penitenciária, Elio de Oliveira Manoel, a ideia surgiu como uma alternativa para utilização de equipamentos que as 31 penitenciárias do Paraná já tinham para web audiências.
A penitenciária feminina foi escolhida para iniciar o projeto por causa da falta de visitas de familiares. A cada dez presas, sete não são visitadas presencialmente.
Agora, com a novidade, elas podem, pelo menos, ver e conversar com os parentes – mesmo que à distância.
Para participar, o preso precisa ter bom comportamento. Uma das detentas beneficiadas pelo projeto é Suzamar da Cunha, condenada a 22 anos de prisão por latrocínio. A família, de Londrina, não via a mulher há seis anos. E foi pela chamada virtual que ela conheceu um dos netos. A nora, Angélica Santana de Souza, conta como foi o encontro.
As famílias são cadastradas e precisam apresentar a mesma documentação e cumprir os mesmos critérios de uma visita pessoal. O psicólogo Gilberto Gnoato, explica que a iniciativa é fundamental para o processo de ressocialização e reinserção social.
A ideia agora é ampliar o projeto para as demais penitenciárias do estado.
Reportagem: Ana Flavia Silva