Os três presos da etapa mais recente da Operação Lava Jato passaram a primeira noite na cela da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Eles fizeram os exames de praxe no Instituto Médico Legal na manhã desta quarta-feira (12).

A 53ª fase da Lava Jato apura o pagamento de R$ 4 milhões em propinas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados do Paraná. Em contrapartida a empreiteira teria sido beneficiada na licitação para as obras da rodovia estadual PR-323, no interior do Estado, no ano de 2014.

Os alvos da nova etapa foram o ex-chefe de gabinete do ex-governador Beto Richa, Deonilson Roldo – que teria intermediado o pagamento da propina – e o empresário apontado como operador financeiro do ex-governador, Jorge Atherino que foram presos preventivamente, ou seja, sem prazo para serem liberados. Tiago Correia Rocha, indicado como braço-direto de Jorge, que teria sido responsável por várias transações financeiras do esquema, foram presos temporariamente, com validade de cinco dias.

Segundo as investigações, empresários do grupo Odebrecht realizaram em 2014 um acerto de R$ 4 milhões em vantagens indevidas com Deonilson Roldo, para que ele limitasse a concorrência da licitação para duplicação da PR-323. O dinheiro teria ajudado a financiar a campanha de reeleição do governador em 2014.

Reportagem: Juliana Goss