Primeiro banco comunitário e sem fins lucrativos do Paraná pode ser estendido para toda a capital

Foto: Reprodução / Unisol Brasil
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Inaugurado no começo deste ano, na região do Boqueirão, o Neuro, primeiro banco comunitário do Paraná, pode virar política pública. A instituição financeira não tem fins lucrativos e oferece à população menos favorecida acesso a microcrédito por meio de uma moeda específica, que pode ser usada no comércio local. O assunto foi discutido em uma audiência pública, nesta semana, na Câmara Municipal, e o realizador do evento, vereador Thiago Gevert (PSC), pretende apresentar a ideia ao prefeito Gustavo Fruet. Metade da população não tem conta corrente em bancos. Isso acontece com as camadas mais humildes da sociedade, que não podem arcar com os altos juros cobrados pelas instituições financeiras e, assim, não geram lucro para os bancos. Esta população é a que pode ser beneficiada pelo banco comunitário, que oferece empréstimos sem juros em uma moeda alternativa, que pode ser usada no comércio da região. O agente de inclusão financeira do NeuroBanco, Thiago Gramkow, explica que a ideia é oferecer crédito para empreendedores.

A iniciativa começou a funcionar neste ano na região da Vila Pantanal, no Boqueirão. Por lá, catadores de papel e mulheres com baixa renda que sustentam a família podem ter acesso ao crédito em “neuros” para fomentar o próprio negócio. Na audiência pública desta quinta-feira, também foi trazido o exemplo da cidade de Maricá, no Rio de Janeiro, que transformou a moeda social em política pública. Segundo o vereador Thiago Gevert, a ideia pode ser implantada também em Curitiba.

A cidade do litoral carioca implantou em dezembro de 2013 a mumbuca, a primeira moeda social eletrônica do país, que movimenta R$ 1,2 milhão por mês na economia do município. Iniciativas como a moeda social, além de promoverem o desenvolvimento de regiões específicas, podem também ser uma resposta à crise econômica, pois ajudam a movimentar a economia. No boqueirão, o NeuroBanco vai trabalhar principalmente com os catadores de material reciclável, que precisam esperar a venda dos materiais para terem acesso ao dinheiro. É o que explica o agente de inclusão financeira, Thiago Gramkw.

O NeuroBanco também vai lançar um aplicativo de celular para promover a circulação eletrônica dos “neuros”, o que é mais seguro do que a circulação em espécie. O vereador Thiago Gevert afirma que vai tentar se reunir na semana que vem com o prefeito de Curitiba para discutir de que formas o poder público pode impulsionar a iniciativa.

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