Procedimentos do Samu serão revistos pela Prefeitura, após repercussão negativa de atendimento em Curitiba
Depois da repercussão negativa em relação ao atendimento feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Curitiba, a direção da instituição afirmou que vai rever os procedimentos e melhorar a preparação da equipe de acolhimento.
O diretor do Samu, Pedro Henrique de Almeida, explica que existe um treinamento sugerido pelo Ministério da Saúde para os funcionários e que existem perguntas básicas que são feitas pelos atendentes para facilitar o procedimento para o envio do socorro.
Depois de feito o questionário pelo atendente, o diretor do Samu reforça que o caso é repassado a um médico que avalia se há necessidade ou não do envio de uma ambulância.
No último fim de semana uma atendente do Samu dificultou o acionamento de uma ambulância para atender um homem com um ferimento na cabeça. Um empresário encontrou o rapaz caído em um canteiro de uma avenida da capital paranaense, acionou o serviço de emergência, mas a atendente afirmou que era preciso autorização do ferido para que fosse enviado socorro.
Em um dos trechos do áudio gravado pelo empresário, a funcionária do Samu diz que “Se o rapaz quiser morrer o problema é dele”.
Desde que o caso do empresário veio à público, outros relatos surgiram e expuseram as falhas do serviço de emergência de Curitba. Em contato com a BandNews, um comerciante do centro da cidade diz que passou pela mesma situação alguns meses atrás e afirma que essa é a forma como agem os funcionários do Samu. O ouvinte não quis se identificar, mas conversou com a reportagem.
O ouvinte acredita que os funcionários do Samu são orientados a trabalhar dessa forma.
Vale lembrar que reclamações sobre os serviços prestados pela Prefeitura devem ser sempre feitas via telefone 156, da Ouvidoria. O diretor do Samu diz que além de ser um canal de comunicação das pessoas com o Executivo, a Central também serve para registrar eventuais ocorrências como essas, tanto para que as autoridades tomem conhecimento e providências a respeito, quanto para que o cidadão possa cobrar medidas de melhoria.
A direção do Samu voltou a admitir que o atendimento no caso gravado no último sábado (05) não foi realizado da forma correta e que a funcionária já foi afastada das atividades.
Reportagem: Thaissa Martiniuk/ Daiane Andrade