Um projeto lançado nesta semana permite que as pessoas se tornem padrinhos de crianças ou adolescentes que vivem em instituições de acolhimento. O projeto “Padrinho Torcedor” é uma iniciativa Clube Atlético Paranaense e que conta com o apoio das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude de Curitiba e de Araucária, na região metropolitana. O apadrinhamento é voltado para meninos e meninas que estão em faixas de idade mais avançadas, consideradas mais difíceis para adoção.

Segundo o promotor Davi Kerber de Aguiar, o programa é uma das formas de buscar alternativa àos jovens que não tiveram a sorte da adoção.

Segundo o promotor, no cadastro nacional de adoção, há seis casais para cada criança em abrigos. Mesmo assim, as crianças e adolescentes não conseguem adoção. Davi Aguiar acredita que a ajuda do Clube Atlético Paranaense deve dar destaque ao programa.

O programa tem diferentes modalidades. A pessoa pode aderir ao apadrinhamento afetivo, em que se visita o afilhado regularmente para proporciona relação de família e de troca de afeto. Outra modalidade é a de provedor, em que é dado suporte material ou financeiro, como o custeio de cursos profissionalizantes. Outra é a prestação de serviços de maneira geral. Empresas podem, por exemplo, disponibilizar ingressos de cinema, atividades e bens materiais.

O programa tenta minimizar os efeitos negativos da permanência em abrigos por longo prazo, como a falta de cuidado individualizado, a autoestima prejudicada e a dificuldade de interação social.

Entre os requisitos para se tornar padrinho estão a disponibilidade para participar ativamente da vida do afilhado, possuir mais de 18 anos e ter ao menos 16 anos de diferença da idade da criança ou adolescente que deseja apadrinhar. O padrinho ou madrinha deve participar de reuniões regulares com a equipe responsável pelo programa.

Mais informações podem ser obtidas no site do projeto: atleticoparanaense.com/padrinhotorcedor

Os programas de apadrinhamento estão previstos, desde 2017, no Estatuto da Criança e do Adolescente que define a modalidade como a possibilidade de proporcionar às crianças e aos adolescentes vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.