Proposta que daria liberdade as famílias para escolha de serviço funerário é rejeitada na Câmara
O projeto que liberaria as famílias para escolha do serviço funerário não deve mais ser apresentado na Câmara de Curitiba. A proposta foi rejeitada ontem (quarta) em plenário, pela terceira vez. Jairo Marcelino (PSD), autor do texto, garante que não trará mais a discussão ao legislativo municipal, tendo em vista as três derrotas na votação. Ontem, foram 23 votos pelo arquivamento, seis contra e duas abstenções. Atualmente, no sistema de rotatividade entre as 26 funerárias cadastradas, é feito um sorteio e a família não tem liberdade de escolha. Para Marcelino, o objetivo não era acabar com o rodízio e, sim, evitar que familiares fossem assediados por empresas no momento de luto.
O vereador também alega que a reivindicação é um pedido da população que, muitas vezes, é induzida a pagar taxas para itens que não são obrigatórios.
Médica legista, a vereadora Maria Letícia Fagundes (PV) foi um dos votos contrários ao projeto. Para ela, o sistema atual evita o esquema de propina entre funcionários do Instituto Médico-Legal e funerárias.
Os vereadores consideram a abertura de uma CPI para investigar as funerárias. Os parlamentares municipais defendem que investigar o funcionamento do sistema atual é necessário para fiscalizar se o rodízio tem funcionado da maneira correta.