Já chega a quase 30 mil o número de paranaenses afetados pelo granizo e a chuva dos últimos dias. O boletim mais recente da Defesa Civil, atualizado hoje (03), mostra que 39 cidades do estado enfrentam dificuldades por causa dos estragos e mais de cinco mil casas foram danificadas. Com isso, das quase 800 pessoas que tiveram que deixar a residência, quase 250 ainda não conseguiram retornar.

Estruturalmente, o município com mais moradores afetados é Piraquara, na Grande Curitiba: são mais de 7,2 mil imóveis impactados e cerca de mil pessoas afetadas. Mas, em Rio Branco do Sul, também na região metropolitana da capital, é onde os temporais foram mais devastadores porque ocorreram justamente em áreas habitadas por famílias muito carentes. A extensão do problema é tão grande que, na sexta (31) à noite, a Prefeitura decretou situação de calamidade pública.

É que, segundo o geólogo da Administração Municipal Rodrigo Arquimedes Faria, 70% da área urbana da cidade fica em áreas de encosta.

Ao todo, Rio Branco do Sul tem aproximadamente 900 casas avariadas. Já as pessoas afetadas são cerca de 3,6 mil. O governo do Paraná vem orientando as cidades para que usem recursos estaduais para atender às famílias em necessidade.

De acordo com Adayr Cabral, secretário estadual da Justiça em exercício, há três tipos de fundo que podem ajudar as prefeituras.

Além das cidades que têm saldo a receber, há ainda a possibilidade de antecipação das parcelas desses fundos. Sob decreto de emergência, os municípios ficam aptos a receber o dinheiro automaticamente.

Grande parte das ocorrências registradas no Paraná desde quinta-feira (30) é de destelhamentos, alagamentos e enxurradas. Em Pinhais, são 4,4 mil moradores afetados e quase 1,1 mil casas danificadas. Curitiba, por sua vez, soma 300 casas avariadas e aproximadamente dois mil moradores prejudicados.

Reportagem: Daiane Andrade