Um caso a cada 78 minutos, ou seja, em menos de uma hora e meia. É essa a média de registros de queda de pessoas de locais elevados no Paraná entre a última quinta-feira (30) e ontem (03). O estado passou por fortes instabilidades no período, e diante do desespero de muita gente em pelo menos tentar consertar a cobertura da casa onde vive, o que se percebe é uma grande incidência de pessoas que despencaram telhado abaixo.

Os dados são do Corpo de Bombeiros, que confirma essa relação. De acordo com a capitã Rafaela Diotalevi, oficial de Comunicação da Corporação, o que nem todo mundo entende é que esse tipo de atividade exige muito cuidado e que esses acidentes podem até mesmo levar à morte.

O problema é que, um telhado atingido por granizo, por exemplo, já está avariado e também molhado. A água, além de deixar a cobertura mais lisa, também penetra nas telhas e muda a consistência delas, que ficam mais frágeis a qualquer peso.

Entre as opções recomendadas pelos bombeiros, uma das principais é que a pessoa peça ajuda de mais gente; que não tente fazer nada individualmente. Outra é que a vida esteja sempre em primeiro lugar.

Ao todo, no estado, foram 85 registros de queda de plano elevado; 29 somente na quinta, quando a chuva de granizo foi registrada. Os eventos desse dia e dos subsequentes afetaram quase 30 mil paranaenses em 39 cidades, danificando mais de 5,1 mil casas. Entre as pessoas que tiveram que abandonar a residência por riscos identificados pela Defesa Civil, aproximadamente 250 ainda não conseguiram retornar.

Reportagem: Daiane Andrade