Rebelião em Penitenciária Estadual de Cascavel é encerrada

 Rebelião em Penitenciária Estadual de Cascavel é encerrada

Penitenciária Estadual de Cascavel. Foto: Divulgação Sindarspen

Penitenciária Estadual de Cascavel. Foto: Divulgação Sindarspen

Terminou por volta das 10 e meia da manhã deste sábado (11) a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, no Oeste do Estado. O motim começou na última quinta-feira e durou cerca de 42 horas. As equipes da Polícia Militar e dos Setor de Operações Especiais do Departamento Penitenciário entraram no prédio. A morte de um segundo preso foi confirmada.

Durante o motim, três agentes foram feitos reféns. Um deles foi resgatado por agentes do Serviço de Operações Especiais no primeiro dia da rebelião. Muito ferido, ele foi carregado em um colchão para fora da unidade e segue internado em estado grave. Os outros dois reféns foram liberados pelos presos durante as negociações, na manhã de sábado (11), passaram por avaliação médica e passam bem. Pelo menos seis presos feridos foram socorridos e levados para unidades de pronto atendimento. Uma carta com reivindicações assinada pelos presos foi entregue à direção do Departamento Penitenciário (Depen) do Paraná, mas o conteúdo não foi confirmado.

Um grupo de 270 detentos foi transferido para o presídio ao lado da Penitenciária Estadual de Cascavel. A medida teria sido adotada para proteger ou isolar detentos que não participaram da rebelião. Pelo menos 600 presos estavam rebelados. Outros 300 chegaram a ser mantidos reféns ou ficaram isolados em alas do presídio.
Segundo o Diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, Luiz Alberto Cartaxo, as negociações que tinham sido suspensas ontem à noite, retomaram hoje no início da manhã. O abastecimento de energia, água e alimentação na penitenciária havia sido suspenso.

Em 2014, na mesma cadeia, uma rebelião deixou cinco presos mortos e 27 feridos. Foi um dos motins mais violentos em presídios da história do Paraná. Em 2016, uma nova rebelião deixou 12 presos feridos. A unidade prisional ficou destruída. O presídio de Cascavel foi reformado e entregue em novembro de 2016. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, foram investidos pouco mais de R$ 1 milhão na obra.

A penitenciária de Cascavel é dividida entre presos de duas facções criminosas, o PCC e a Máfia Paranaense. De acordo com os agentes penitenciários, a rebelião já estava anunciada. Um dos mortos, que foi decapitado já estaria jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital.

O Departamento Penitenciário do Paraná determinou o fechamento de todas as unidades prisionais do Estado, para evitar que facções sigam determinações externas e comecem novos motins. O presídio de Cascavel tem 1.160 vagas e abrigava 980 detentos antes da rebelião. Familiares, que reivindicam informações sobre a situação dos presos, dormiram ao redor do presídio.

Uma coletiva de imprensa está marcada para as três da tarde de sábado com o Diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo, para passar mais informações sobre o motim.

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