Recurso para evitar júri popular de envolvidos na morte de fiscal de combustíveis é julgado hoje
Será julgado hoje (21) à tarde, no Tribunal de Justiça, o recurso que tenta evitar o júri popular para os envolvidos na morte do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado da Silva.
De acordo com a polícia, Fabrizzio foi morto por combater fraudes em postos do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O crime aconteceu em março de 2017. A investigação apontou que o mandante do crime foi o empresário Onildo Chaves de Córdova, que era alvo das fiscalizações e temia que mais postos dele fossem fechados, já que, de acordo com a polícia, ele fraudava as bombas de combustível para obter um lucro maior.
Fabrizzio foi morto por um atirador que bateu propositalmente na traseira do carro dele. Ao descer do veículo depois da batida, ele foi baleado e morreu. O criminoso fugiu. Mais tarde, descobriu-se que o homem que atirou, Patrick Leandro, havia sido contratado por Onildo, e receberia entre R$ 20 mil e R$ 35 mil. É o que detalha o assistente de acusação no processo, advogado Luis Roberto Zagonel.
Fabrizzio apurava irregularidades em postos de combustíveis e preparava uma operação que fecharia postos na cidade, entre eles alguns de Onildo.
Onildo chegou a ser preso, mas conseguiu a liberdade mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Ele sempre negou as acusações. Um homem apontado como intermediador no crime também responde ao processo em liberdade. Os outros dois réus: o atirador e o coautor permanecem detidos.
Reportagem: Ricardo Pereira