Eventuais recursos do Athletico contra a condenação que obriga o clube a pagar pelo empréstimo junto à Fomento Paraná não devem impedir a execução da dívida. ONTEM (quarta-feira, 9), por unanimidade, os desembargadores da 15.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná afastaram o argumento de que o valor devido deveria ser dividido com o Governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba. Com juros contratuais, multas e correção monetária, a dívida atualmente gira em torno de 750 milhões de reais. A execução está garantida pela penhora da Arena da Baixada.

Segundo o advogado Ricardo Campelo, especialista em direito empresarial, como o estádio já está penhorado, é possível que seja colocado em leilão para o pagamento da dívida:

Originalmente, a dívida do Athletico com a Fomento Paraná era de 291 milhões de reais. O empréstimo foi feito por meio da CAP S/A, empresa constituída pelo clube para gerir a reforma do estádio visando a Copa do Mundo de 2014.

Em nota, o Athletico afirma que a decisão de ONTEM (quarta, 9) do Tribunal de Justiça do Paraná não acarreta em alterações judiciais. O clube defende que não estava em discussão o acordo tripartite, “envolvendo a obrigação de dividir o custo total da obra com Estado e Município”. O clube disse que “está, como sempre esteve, disposto a pagar cem por cento da sua parcela do custo do estádio”.

Procurada pela BandNews FM, a Fomento Paraná diz que não se manifesta sobre questões judicializadas envolvendo clientes. Segundo o banco, é necessário aguardar a publicação do acórdão e o esgotamento de recursos. A Fomento Paraná não respondeu se pretende executar a dívida.

Na decisão de ONTEM (quarta, 9), a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná determinou que o processo retorne para a 4.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba para o prosseguimento das acusações.

Reportagem: Angelo Sfair e equipe