Laboratórios da rede particular de Curitiba têm doses esgotadas da vacina contra a dengue. Uma apuração da reportagem da BandNews FM confirmou a falta de imunizantes em locais como o centro de vacinas do Hospital Pequeno Príncipe e da Unimed. O cenário retrata um aumento na procura pela vacina. Em janeiro, na rede particular, essa alta foi de 110% na relação com o mês anterior. Os dados são da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que apontou ainda que a crescente vem sendo registrada desde outubro do ano passado.

Entre julho de 2023 e janeiro de 2024, foram 13.290 doses da Qdenga aplicadas no sistema privado. Destas, quase 5 mil apenas em janeiro. O cenário da doença preocupa. No Paraná, já são quase 46 mil casos confirmados, 130 mil notificações e 16 mortes em decorrência da dengue. Na rede privada, há aplicação disponível da Qdenga, da fabricante Takeda, como explica a médica e professora da Universidade Positivo Gislayne Souza Nieto.

O esquema vacinal é composto por duas doses, e cada uma delas custa, em média, R$ 350. Gestantes, lactantes, pessoas com alergia a algum dos componentes do imunizante, pessoas com sistema imunológico comprometido ou alguma condição autoimune não podem ser vacinadas com a Qdenga.

Outro imunizante disponível é o Dengvaxia, da Sanofi, neste caso para pessoas entre nove e 45 anos já foi infectado com o vírus da dengue, protegendo contra uma possível segunda infecção. O preço médio é de R$ 200. O laboratório, contudo, também já emitiu um comunicado alertando para o risco de desabastecimento diante da alta procura.

Reportagem: Bárbara Hammes