Os três senadores do Paraná votaram contra o texto-base da reforma trabalhista, aprovada nessa terça-feira (11) por 50 votos a 26. O que não significa que eles pensem igual.

A senadora petista Gleisi Hoffmann, por exemplo, foi uma das protagonistas do protesto que atrasou a votação em mais de seis horas. Ela e as senadoras Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, Vanessa Graziotin, do PCdoB do Amazonas, Regina Sousa, do PT do Piauí, e Lídice da Mata, do PSB da Bahia, ocuparam a mesa diretora e a confusão foi tanta que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, suspendeu a sessão.

Elas tomaram os assentos assim que a sessão foi aberta, por volta das 11 horas da manhã, antes de o presidente da Casa chegar. Pelas regras, qualquer senador pode abrir uma sessão desde que haja quórum. E foi isso que as oposicionistas fizeram.

Contrárias à reforma, elas aproveitaram a primeira hora da sessão para passar a palavra a outros parlamentares que criticavam a proposta do governo. O grupo se recusou a desocupar os lugares por horas a fio e, mais tarde, a senadora Kátia Abreu, do PMDB do Tocantins, se juntou à manifestação. Os trabalhos só foram retomados no fim da tarde.

A BandNews tentou, mas não conseguiu contato com a senadora paranaense na manhã desta quarta (12). Ontem, com a palavra, ela reclamou da pressa em aprovar o texto.

O senador Álvaro Dias, do Podemos do Paraná, não aderiu ao ato, mas também votou contra a reforma. Nós também não conseguimos contato com ele hoje, mas ontem ele criticou duramente a postura das senadoras que ocuparam a mesa do Plenário.

O senador Roberto Requião, do PMDB paranaense e também contrário à reforma, se manifestou pelas redes sociais. Ele admitiu que a Legislação precisa de algumas mudanças e exemplificou com o que chamou de “indústria das ações trabalhistas”, mas disse que.

Além dos parlamentares que votaram contra e a favor, houve uma abstenção, três ausências e o presidente do Senado não votou porque isso só aconteceria em caso de empate.