O vereador Renato Freitas (PT) tem 15 dias úteis, a partir desta quarta-feira (23), para apresentar uma defesa ao Conselho de Ética e Decoro da Câmara Municipal de Curitiba. O vereador estava de licença médica, que encerrou no último domingo (20), e voltou a participar das sessões plenárias nesta semana. O processo analisa cinco representações atribuidas ao parlamentar no caso da manifestação dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no dia 05 de fevereiro.

O presidente do Conselho, o vereador Dalton Borba (PDT), afirma que o processo não é acustatório. O objetivo, segundo o parlamentar, é esclarecer os fatos.

As representações pedem a pena máxima prevista no código, que é a cassação do mandato do parlamentar. Renato Freitas (PT) pode ser punido também com a censura pública, a suspensão de prerrogativas regimentais e a suspensão temporária do mandato. O Conselho de Ética tem noventa dias úteis, a partir desta terça-feira (22), para tomar a decisão, segundo o presidente.

A manifestação do início do mês aconteceu em protesto contra o assassinato do congolês Moise Kabagambe. O imigrante foi espancado até a morte, no Rio de Janeiro.

Um abaixo-assinado virtual em defesa do mandato do vereador soma 7 mil 433 assinaturas, até a manhã desta quarta-feira (23). Nas eleições de 2020, o parlamentar fez cinco mil votos.

Questionada pela reportagem, a Defesa de Renato Freitas afirma que trabalha na resposta às acusações e que não vai se manifestar.

Reportagem: Larissa Biscaia