Um repórter de Maringá, no oeste do estado, foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (8). Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e homicídios. Segundo as investigações, o repórter aproveitava o acesso proporcionado pela profissão para repassar informações confidenciais sobre apreensões de drogas, homicídios, autores e vítimas de crimes, além das linhas de investigação policial.

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Ele também fornecia aos criminosos detalhes de operações em andamento e futuras. O delegado Leandro Munin destaca que a polícia chegou ao nome do suspeito após analisar dados de um celular de outro integrante da quadrilha. O aparelho foi apreendido durante operações realizadas em 2023.

A polícia divulgou alguns trechos de conversas do repórter com integrantes da quadrilha. Nesta mensagem ele avisa sobre uma operação: “Recebi uma informação agora, tô indo para o local. Diz que balearam um cara na Mandacaru agora, em frente do Kennedy”. Ainda de acordo com as investigações, o suspeito, além de fornecer informações, também incentivava atos violentos.

Neste outro trecho ele disse: “Hoje foram para matar ele e erraram os tiros. Inclusive, deram uma recompensa de R$ 5 mil se alguém matasse ele”. Nesta outra: “Então menino, tinha que ter feito ele né. Para a gente filmar ele no chão”. Os trechos, segundo a polícia, indicam que ele incentivava o homicídio e reforçam a gravidade da colaboração dele com a organização criminosa.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão desta quinta-feira (8), o celular do suspeito foi apreendido. O repórter deve responder pelo crime de integrar organização criminosa.

A Polícia Civil do Paraná segue investigando o caso. 

Reportagem: Vanessa Fontanella