O Giro nas Ruas deste ano foi a diversos locais da capital paranaense. As reportagens contemplaram construções históricas, comércios importantes e a história de cada nome que as ruas carregam. Você confere agora a retrospectiva de quando o Giro nas Ruas visitou uma das avenidas mais conhecidas de Curitiba, a Manoel Ribas.

Manoel Ribas nasceu em Ponta Grossa (PR), no dia 8 de março de 1873. Ele estudou e se casou no município de Castro. Em 1897, Manoel foi convidado para organizar a Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul. Com isso, ele ganhou destaque na cidade, sendo eleito prefeito, em 1927, da cidade de Santa Maria (RS).

Depois da Revolução de 1930, o general Mário Tourinho renunciou ao cargo. Por conta disso, o presidente Getúlio Vargas chamou Manoel para ser interventor do Paraná. Ele era um representante do governo federal que tinha a função de promover a intervenção em bancos, empresas públicas e organizações gerais. Ele ficou durante 13 anos atuando como interventor e depois como governador.

Durante o governo, ajudou na construção da Estrada do Cerne, das entradas de Curitiba a União da Vitória e de Ponta Grossa a Apucarana. Além disso, auxiliou no fomento à agricultura e na construção de escolas rurais. Em 1945, com a saída do presidente Getúlio Vargas, Manuel também deixou o cargo.

Já em janeiro de 1946, ele morreu. Para homenagear o político, a Avenida no bairro Santa Felicidade tem o nome de Manoel Ribas. A região é um local de muitas famílias de imigrantes italianos. Após a Segunda Guerra Mundial, cresceram os comércios e os artesanatos do bairro. A via tem em torno de 6 km de extensão.

Acompanhe na Reportagem da estudante de Jornalismo, Gabriele Bonat, da Universidade Positivo

Um dos destaques da Avenida Manoel Ribas é o Restaurante Cascatinha. O estabelecimento foi inaugurado em 1949 pela família Trevisan, que é formada descendentes de imigrantes italianos. Nessa época a rua era conhecida como Estrada do Cerne, que conectava a região norte do Paraná e o município de Paranaguá, no litoral do estado.

Um dos proprietários do restaurante, Rodrigo Trevisan, conta que quando o avô comprou o terreno onde hoje fica o restaurante, a região ainda era pouco povoada. No local havia um moinho de milho onde a família começou a fazer fubá.

Ele explica que muitos motoristas e caminhoneiros passavam na região para se alimentar antes de seguir viagem. No início o estabelecimento oferecia sorvetes e outros refrescos, em pouco tempo os próprios curitibanos começaram a frequentar a região.

Rodrigo conta que, atualmente, a rua mudou bastante, restaram apenas os restaurantes mais tradicionais. O turismo também se modificou na região, antes os restaurantes recebiam grandes excursões, pessoas que precisavam descansar na capital.

Atualmente os restaurantes da rua, em sua maior parte, recebem turistas que procuram boa comida e também aproveitar os finais de semana.

Acompanhe na Reportagem do estudante de Jornalismo, Vinícius Bonato, da Universidade Positivo

O quadro Giro nas Ruas é feito em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo.