Robô pode reduzir em até 80% as filas do SUS
A inteligência artificial oferece tecnologia cognitiva para gerenciar riscos por meio do monitoramento de dados
Laura. Esse é o nome do Robô que promete melhorias no atendimento da saúde pública do país. Criada pelo analista de sistemas Jac Fressato, a inteligência artificial, de acordo com o diretor geral do Instituto Laura, Marco Sanfelice, oferece tecnologia cognitiva para gerenciar riscos por meio do monitoramento de dados.
Quando foi criada em 2014, o intuito era reduzir as mortes causadas por infecções generalizadas. Mas então percebeu-se que o uso poderia ser ampliado. Durante a pandemia, Curitiba, por exemplo, aproveitou a tecnologia com foco no monitoramento de pacientes com sintomas de Covid-19. A partir de uma análise de risco a ferramenta definia se havia ou não a necessidade de um atendimento médico presencial. E é através desse tipo de análise que ela pode ser usada também para outras demandas, em especial para pacientes com risco hospitalar, como cardiopatas, hipertensos e diabéticos, que precisam de monitoramento constante.
Mais de 30 planos de saúde em todo o país já aplicam a tecnologia. E há também municípios que fizeram parcerias com o instituto para o atendimento pelo SUS. Além de Curitiba, o robô Laura foi implementado no sistema de saúde de Guarapuava, na região central do estado, e também em São Paulo e São Bernardo do Campo. A robô auxilia no atendimento médico, com possibilidade inclusive de reduções de 60 a 82% na fila de espera do SUS.
O Instituto Laura é uma ONG sem fins lucrativos criada em 2019 com o intuito de democratizar o acesso à saúde, com foco no SUS e possíveis melhorias.
Reportagem por Vanessa Fontanella.