A reunião entre os professores da rede municipal de ensino e a prefeitura de Curitiba terminou sem acordo e a greve da categoria continua nesta terça-feira (12). Nesta segunda (11) quase 36 mil alunos ficaram sem aula por causa da paralisação dos professores. Durante o período da tarde, 48% dos docentes não estiveram em sala. Os dados são da prefeitura de Curitiba. Já para o sindicato dos professores 70% das escolas municipais ficaram fechadas na segunda-feira.

O principal ponto de reivindicação dos professores é a implantação imediata do plano de carreira, que, segundo a administração do município, só pode ser feita em 24 meses, por causa dos custos que são de 78 a 90 milhões de reais por ano. O vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal (Sismmac), Rafael Alencar, disse que a greve continua justamente porque não houve qualquer possibilidade de mudança desse prazo.

Segundo o secretário do governo de Curitiba, Ricardo Mac Donald, não há verba disponível para a implementação imediata e, além disso, é preciso tempo para fazer a mudança porque é preciso analisar a ficha cadastral de cada professor.

O secretário também disse que os professores que não forem trabalhar amanhã vão ter o dia descontado da folha de pagamento.

Curitiba tem 12 mil professores municipais e 5 mil educadores. No total são 100 mil estudantes na rede municipal de ensino. Na segunda pela manhã os professores se reuniram na Praça Eufrásio Corrêa, depois foram para a Câmara Municipal e seguiram para a Praça Nossa Senhora da Salete, no centro cívico, onde ficaram por toda à tarde. Na terça-feira os professores vão novamente conversar com os vereadores. A previsão é que a concentração deles comece às 10 horas em frente a câmara de vereadores.