Setembro Azul lembra as lutas pela inclusão dos surdos
Setembro é um mês especial para a comunidade surda, é o chamado Setembro Azul. Neste período são comemoradas as conquistas e são lembradas as lutas que os surdos enfrentam no dia a dia. A inclusão é uma delas e tem início já nos primeiros anos de vida, na escola.
Em Paranaguá, a Escola Bilingue Para Surdos “Nydia Moreira Garcez” atende atualmente 44 crianças da educação infantil até a 6º ano do ensino fundamental. A Diretora da escola, Fátima Gonçalves, defende o fortalecimento da língua de sinais, como uma forma de inclusão.
Eugênio da Silva Lima é vice-presidente da Associação de Surdos de Paranaguá. Criada há seis anos, a entidade incentiva a inclusão e há 3 anos conta com um time de futsal que participa de campeonatos locais e regionais. Para ele, é no mercado de trabalho que o surdo tem sua maior dificuldade.
Por força da lei, as empresas são obrigadas a ter no seu quadro de funcionários 5% de pessoas com deficiência. Quanto maior a empresa, maior esse número. A professora de Libras e Português Veridiane Ribeiro aponta que a falta de oportunidades é um dos maiores problemas.
A Universidade Federal do Paraná oferece a faculdade de Letras Libras, que forma professores, intérpretes e tradutores de Libras. Após o curso, que tem duração de quatro anos, é necessário passar por uma banca para atestar o domínio da língua.
O mês de setembro é especial porque se comemoram: Dia 1º – Aniversário de criação da lei 12319/2010, que regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais; Dia 10 – Dia Mundial de Valorização das Línguas de Sinais; Dia 21 – Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência; Dia 23 – Dia Internacional da Língua de Sinais; Dia 26 – Dia Nacional do Surdo e Aniversário de fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos; Dia 30 – Dia Internacional do Surdo e Dia do Profissional Tradutor.
A escolha da cor azul é uma referência à época da Segunda Guerra Mundial, quando as Pessoas Com Deficiência eram obrigadas a usar uma faixa de cor azul fixada no braço, porque se acreditava que as pessoas com deficiência eram inferiores e incapazes.
Reportagem: Kelly Frizzo