Sindicato de delegados da PF ameaça entrar na Justiça para transferir Lula da superintendência

 Sindicato de delegados da PF ameaça entrar na Justiça para transferir Lula da superintendência

Foto: Daiane Andrade/BandNewsFm Curitiba

Foto: Daiane Andrade/BandNewsFm Curitiba

O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Paraná ameaçou, nesta quarta-feira (11), entrar na justiça para pedir a transferência do ex-presidente Lula da sede da PF, em Curitiba. Na manhã desta quarta-feira, a instituição entregou um ofício na superintendência pedindo a remoção de Lula para outra unidade prisional. O argumento da entidade é o de que desde que a custódia do ex-presidente começou a ser cumprida em Curitiba, há prejuízos ao trabalho delegados e também a quem precisa dos serviços prestados pela PF.

O presidente do sindicato, Algacir Mikalovski, diz que a entidade sugeriu alguns locais preparados para receber o ex-presidente.

Na manhã de hoje (quarta), a entidade entregou um ofício à superintendência da PF pedindo a remoção de Lula. O sindicato diz que, caso o pedido não seja acatado, deve entrar na justiça para pedir a transferência.

O principal argumento do sindicato ato é de que o atendimento ao público foi prejudicado desde Lula passou a cumprir pena em Curitiba e que os delegados não podem deixar o trabalho de investigação para se dedicarem à segurança do prédio da PF.

O sindicato disse, também, que recebeu relatos de delegados hostilizados por manifestantes quando estavam a caminho do trabalho.

Contrária à posição do Sindicato dos Delegados da PF no Paraná, a Federação Nacional dos Policiais Federais considera a transferência inviável. A entidade diz que levar o ex-presidente para uma repartição militar seria “um movimento apressado e sem respaldo”, que geraria custos desnecessários aos cofres públicos e uma enorme demanda de pessoal. A instituição também aponta para o aumento da possiblidade de confrontos entre apoiadores e pessoas contrárias ao político. O juiz federal Sérgio Moro afirmou que não vai se pronunciar. Até o momento, o pedido do sindicato não foi analisado pela PF.

Em nota, o acampamento Lula Livre, em que estão os manifestantes, afirmou que seguem nas proximidades da PF para exigir a libertação do ex-presidente Lula. O comunicado diz, também, que o suposto problema entre manifestantes e moradores está sendo usado com má-fé pelo sindicato e que o acampamento está instalado e em área pública. A nota informa que os manifestantes convivem pacificamente com os moradores, que recolhem o lixo e fazem a limpeza todas as manhãs. O comunicado diz, por fim, que respeita os acordos coletivos de silêncio entre às dez da noite e às sete da manhã.

As visitas ao ex-presidente Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba foram transferidas esta quinta-feira (12). A informação é de que a mudança foi determinada por questões de segurança e, com isso, apenas o advogado Cristiano Zanin teve acesso ao político nesta quarta-feira (11). Ele não conversou com a imprensa.

Do lado de fora a vigília em apoio ao petista continua. De acordo com os líderes do movimento e a Polícia Militar, pelo menos duas mil pessoas estão acampadas nas proximidades da PF. Durante o dia, várias caravanas chegaram ao bairro Santa Cândida. Lideranças de esquerda presentes no acampamento têm afirmado que os manifestantes vão permanecer no local, pelo menos, até o dia 1° de maio. Por enquanto, nem a Polícia Federal e nem a Secretaria de Segurança Pública do Paraná se pronunciaram a respeito da possiblidade de uma reintegração de posse na região da sede da PF.

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