STJ indefere pedido de liberdade de Beto Richa e Fernanda Richa

 STJ indefere pedido de liberdade de Beto Richa e Fernanda Richa

(Foto: Ricardo Pereira/BandNews Curitiba)

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A ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu nesta quinta-feira (13) o pedido de liberdade do ex-governador do Paraná Beto Richa e da esposa dele, Fernanda Richa. Com a decisão, o casal permanece preso no regimento da Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba.

As defesas dos dois ainda não se manifestaram sobre a nova determinação. Na quarta, o Tribunal de Justiça do Paraná já havia negado outro habeas corpus impetrado pelos advogados. Beto e Fernanda Richa foram detidos na última terça-feira durante a operação Rádio Patrulha, que investiga o pagamento de propina por meio do programa estadual Patrulha do Campo, responsável pela manutenção das estradas rurais.

O casal teve a prisão temporária decretada, válida por cinco dias, podendo ser prorrogada ou convertida em preventiva, que não tem prazo para expirar. Os dois devem prestar depoimento aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) hoje (14) a partir das 9h da manhã. O empresário e ex-secretário de Assuntos Estratégicos do Governo do Paraná, Edson Luiz Casagrande, também deve ser ouvido nesta-sexta-feira.

De acordo com o coordenador do Gaeco, Casagrande se entregou no fim da tarde de ontem(13) acompanhado do advogado.

No início da tarde desta quinta, cinco dos 15 investigados na operação foram levados para prestar depoimento. O filho de Beto Richa, André Richa, esteve no Gaeco pela manhã (13), mas não foi ouvido como investigado. Conforme Leonir Batisti, ele prestou depoimento na condição de declarante, ou seja, não tem o compromisso legal de dizer a verdade.

O Ministério Público do Paraná afirma que Richa chefiou um esquema que desviou 70 milhões de reais do programa Patrulha do Campo, entre 2012 e 2014. A Operação Rádio Patrulha é baseada em horas de gravações e grampos telefônicos, a partir da delação premiada do ex-deputado Tony Garcia, amigo de infância de Richa, apontado como um dos responsáveis por arrecadar propina.

Simultaneamente à Rádio Patrulha, do Gaeco, a Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Piloto”, 53.ª fase da Lava Jato, que prendeu Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa; Jorge Theodócio Atherino, conhecido como “Grego”, empresário apontado como operador financeiro do ex-governador; e Tiago Correia Adriano Rocha, indicado como braço-direto de Atherino.

A Lava Jato também cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, um deles na casa de Richa. A Lava Jato investiga a fraude em licitação para obras na PR-323, no Noroeste do Paraná, que teria beneficiado a Odebrecht. Além de delatores da Odebrecht, a operação é baseada na delação do ex-diretor do DER, Nelson Leal Junior, preso na fase 48 da Lava Jato, Operação Integração. Leal Junior disse que a cúpula do governo Richa promoveu corrupção sistêmica replicada no Porto de Paranaguá, na Sanepar, na Receita Estadual e na Fomento Paraná.

Reportagem: Thaissa Martiniuk/ Narley Resende/ Ana Flavia Silva

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