O motorista de aplicativo suspeito de arrancar uma passageira pelos cabelos deve ser indiciado por lesão corporal e injúria qualificada. O caso aconteceu há uma semana em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A professora Dayane Padilha, de 33 anos, usava um aplicativo de transporte para se deslocar de um supermercado até uma aldeia indígena do município. Em depoimento à polícia, colhido ontem (terça-feira, 26), Dayane afirmou que o motorista se recusou a deixá-la no destino e a arrancou do carro no meio do trajeto.

Ela gravou o episódio.

A professora estava a caminho do Território Floresta Indígena Estadual Metropolitana para atividades em alusão ao abril indígena. No último sábado (23), ela finalmente conseguiu ir até a aldeia apresentar à comunidade trabalhos feitos por seus alunos sobre os povos indígenas. Segundo a Polícia Civil, após a colhida de depoimento da passageira, o motorista já foi chamado e deve esclarecer o caso. Em entrevista à BandNews FM, Dayane afirmou que se sente aliviada por ver que o caso não deve ficar impune e que as investigações avançam.

Em nota, a empresa 99, pela qual o investigado prestava serviço no momento da agressão, disse que expulsou permanentemente o motorista e que lamenta o ocorrido. Além disso, a 99 reforçou tolerância zero à qualquer tipo de discriminação e violência.

Reportagem: Leonardo Gomes.