O Paraná soma 217 obras paralisadas, com valor contratado de quase R$ 287 milhões. Os dados foram levantados por estudantes de universidades estaduais durante o projeto “Ver a Cidade”. Encerrado nesta quarta-feira (25), o projeto é uma iniciativa do Tribunal de Contas do Estado em parceria com as Universidades do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e com a participação, como supervisor, do CREA-PR. O foco é a fiscalização de obras públicas cadastradas como paralisadas junto ao TCE-PR pelos municípios paranaenses. De acordo com o levantamento, a região com mais obras paralisadas é a oeste (41), seguida da norte-central (31) e noroeste (29). Na região metropolitana de Curitiba, que inclui o litoral, são 22 obras no total. Os três municípios com maior número de casos são Mangueirinha, Iretama e Turvo – com seis obras paradas em cada. Depois aparecem Apucarana (5) e Toledo (5). O maior valor contratado é registrado em Mangueirinha, onde as obras não concluídas somam R$ 11 milhões 977 mil.

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O presidente do CREA-PR, Clodomir Ascari, destaca que o projeto prepara os alunos para o mercado de trabalho e atendimento à sociedade. A fiscalização também é uma importante ferramenta para a adoção de medidas voltadas à resolução do problema.

O projeto envolveu dez visitas técnicas, 1.083 intervenções remotas e 820 inspeções pelo CREA. Neste ano participaram, por seleção, 12 estudantes de Engenharia Civil de cada uma das cinco universidades estaduais – Ponta Grossa (UEPG), de Londrina (UEL), do Oeste do Paraná (Unioeste) e de (UEM) incluindo o Campus Umuarama – e dois professores/orientadores, num total de 70 pessoas. A perspectiva para 2025 é que o projeto tenha continuidade com a inclusão de instituições de outras regiões, inclusive de Curitiba.

Reportagem: Vanessa Fontanella