Tecpar abre edital para produção da pentavalente no Brasil
Empresas farmacêuticas interessadas em produzir a vacina pentavalente têm até 7 de abril para enviar propostas. O edital de chamamento público, do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), detalha as regras para participação. O imunizante, que é aplicado em bebês, protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e pneumonia/meningite. As empresas podem participar de três fases: registro sanitário do produto em nome do Tecpar, fornecimento do produto pelo parceiro durante as etapas da transferência de tecnologia e transferência da informação técnica para a fabricação do produto.
Atualmente, apenas seis empresas no mundo tem pré-qualificação na Organização Mundial da Saúde (OMS), para a produção da pentavalente. Este é um processo que garante a qualidade, segurança e eficácia do insumo. No entanto, das seis empresas pré-qualificadas na OMS, cinco são de países cujo mercado da saúde não é regulado e, portanto, não têm registro em órgão regulatório equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processo de chamamento público do Tecpar busca preencher essa lacuna regulatória no país, além de contribuir com a autonomia do parque industrial da saúde brasileiro.
O planejamento do Tecpar para a produção de vacinas, dentre elas a pentavalente, conta com o projeto, protocolado no Ministério da Saúde, para o desenvolvimento de uma planta multivacinas para atender o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A implantação poderá ser viabilizada pelo Ministério da Saúde, como forma de ampliar os fornecedores públicos de vacinas no país e dar mais autonomia no fornecimento.
Vacina pentavalente
A vacina pentavalente é a combinação de cinco vacinas individuais em uma. O objetivo é proteger as pessoas contra múltiplas doenças ao mesmo tempo. A vacina foi introduzida no calendário básico do Brasil a partir de setembro de 2012, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de aumentar as coberturas vacinais com a combinação de vacinas em uma mesma aplicação. As crianças devem tomar a vacina aos 2, 4 e 6 meses de idade. A partir de 1 ano, o PNI recomenda que tomem reforços com a vacina tetravalente.