‘Torcida Humana’ chega ao fim e adversários voltarão a ter espaço reservado em jogos na Arena
O Athletico Paranaense anunciou o fim da participação no projeto-piloto ‘Torcida Humana’. Em nota, o clube reconheceu que o problema da violência no futebol está mais ligado a eventos que acontecem fora dos estádios. O projeto foi adotado pelo rubro-negro em 34 partidas desde maio do ano passado.
Nestas partidas, não havia na Arena da Baixada um local reservado para os torcedores visitantes, e por isso eles também eram impedidos de vestir a camisa do próprio time. O modelo dividia opiniões, inclusive entre os athleticanos. Apesar da polêmica, o clube paranaense disse, em nota, que o saldo da ‘Torcida Humana’ foi positivo. Com base em dados divulgados pelo Ministério Público, parceiro da iniciativa, o Athletico apontou que o modelo demanda um efetivo policial 14% menor. Em jogos com torcida única, os registros de conflitos caíram, em média, de 28 para 20.
Ao anunciar o fim da iniciativa, o Athletico fez uma série de ponderações. Afirmou, por exemplo, que clubes das séries A e B pediram o fim da ‘Torcida Humana’.
Afirmou que a principal torcida organizado do rubro-negro também não concordava com o modelo – porque nos jogos foram de casa os adversários retribuíam a medida, impedindo que os athleticanos entrassem nos estádios com a camisa do clube. O Athletico ainda ponderou que é obrigado a reservar um espaço para os torcedores adversários dependendo do regulamento das competições que disputa.
Reportagem: Angelo Sfair