Trabalhadores da Renault mantêm greve por tempo indeterminado
Proposta da montadora não foi aceita pela categoria em assembleia realizada nesta segunda (16)
Foto: Divulgação / Renault
Os trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, recusaram a proposta da montadora e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A paralisação iniciada no dia 6 de maio chega ao sétimo dia útil nesta segunda-feira (16). Na assembleia realizada no período da manhã, os funcionários concluíram que os ajustes apresentados pela empresa não atendem à demanda da categoria, que reclama, entre outros pontos, das alterações que reduziram a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, o principal entrave da negociação é a falta de uma proposta da montadora para recontratar os trabalhadores demitidos. A entidade alega que cerca de dois mil postos de trabalho foram fechados durante a pandemia, e que os funcionários que mantiveram os empregos acumulam perdas salariais:
Em nota, a Renault afirmou que a proposta atendia praticamente todas as demandas apresentadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Segundo a montadora, só não houve concordância em garantir o pagamento de pouco mais de 22 mil reais referente ao Programa de Participação de Resultados (PPR) para o ano de 2022. Segundo a montadora, desvincular o prêmio às metas de produtividade viola a legislação federal.
A proposta da Renault recusada nesta segunda-feira (16) pelos metalúrgicos incluía a reposição integral da inflação calculada pelo INPC para a data-base de 2022 e 2023. A empresa também havia concordado em antecipar o reajuste do vale-mercado, que passaria para R$ 850,00 a partir de junho, com um aumento de 29%. A montadora também faria ajustes e adequações nas tabelas salariais, incluindo novas categorias e aumentando o teto em 10%.
Reportagem: Angelo Sfair.