Em uma audiência pública realizada na tarde de hoje (18) na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Curitiba, o desembargador Gilberto Ferreira, corregedor eleitoral, informou que foram registradas cerca de 800 reclamações em ata durante o primeiro turno das eleições deste ano no Paraná. Entre elas estão as situações de falhas em urnas eletrônicas, como as dos equipamentos de seis seções do estado que vão ser auditada amanhã após um pedido do Partido Social Liberal, o PSL. Esta audiência foi justamente convocada para explicar como vai funcionar o processo.

De acordo com o presidente do TRE Paraná, Luiz Taro Oyama, os critérios para a análise das urnas impugnadas foram levantados com uma comissão formada por várias entidades.

Segundo o advogado do PSL, Gustavo Kfouri, a solicitação da Comissão Provisória do partido do candidato à presidência Jair Bolsonaro, foi feito após relatos de que as urnas concluíram o processo de votação “imediatamente após a digitação dos dois números para candidato à Presidência da República, supostamente sem que o eleitor digitasse a tecla confirma”. O partido quer entender o que aconteceu.

O procedimento vai verificar se os sistemas instalados nas urnas são os mesmos que foram lacrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se as urnas estavam em perfeitas condições de uso e se há indícios de fraude no sistema. Vão ser auditadas também duas urnas eletrônicas de Santa Catarina.

De acordo a promotora do Ministério Público Eleitoral, Andrea Beraldi, o processo de auditoria não vai interferir nos resultados já validados. Se constatado algum problema, os responsáveis vão ser penalizados.

Em meio à onda de “fake news” que tomou conta do país no período eleitoral, o TRE destaca que a auditoria é importante provar a lisura do processo eleitoral. Representantes da Procuradoria Regional Eleitoral e presidentes das comissões de Auditoria da Votação Eletrônica e de Segurança Permanente, além da OAB e partidos, também devem acompanhar a auditoria.

Reportagem: Alexandra Fernandes